Como Médico há 28 anos, aprendi que na medicina, mais do que conhecimento técnico, é preciso zelo extremo. E isso vai muito além de diagnósticos certeiros ou receitas assinadas. Três palavras assombram a prática médica: Imperícia, Imprudência e Negligência. Cada uma delas pode custar não só uma carreira, mas vidas.
Imperícia é a falta de habilidade técnica. Um médico mal preparado, que age fora de sua especialidade ou sem domínio de um procedimento, pode responder judicialmente. Já a Imprudência envolve atitudes precipitadas — como prescrever sem exames ou correr riscos desnecessários. E a Negligência? Essa talvez seja a mais traiçoeira: deixar de agir, não acompanhar um paciente com a devida atenção ou atrasar um atendimento.
Evitar essas falhas começa com o básico: atualização constante, registro completo de cada atendimento e, principalmente, respeito à escuta do paciente. Nenhuma queixa deve ser subestimada. Também é essencial conhecer os próprios limites — saber quando pedir ajuda, quando encaminhar.
A medicina não é uma profissão isolada, e os tribunais estão atentos. Cuidar com ética e responsabilidade é o primeiro passo para não responder a um processo — e para honrar o juramento de salvar vidas.
Dr. Mario Casemiro Junior – Diretor de Defesa Profissional da APM Indaiatuba


