No cenário atual da medicina, o termo compliance tem ganhado espaço e importância. Mais do que uma exigência legal, o compliance em saúde é um conjunto de práticas éticas e regulatórias que visam garantir a integridade nas relações entre profissionais, instituições e pacientes. Ele funciona como um sistema de prevenção — um guia que ajuda o médico a agir de forma transparente, responsável e dentro das normas.
Na prática, o compliance médico envolve desde o correto registro de prontuários e a proteção de dados dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), até a conduta nas relações com a indústria farmacêutica e com o setor público.
Também abrange o cumprimento de protocolos clínicos, o combate a fraudes em convênios e a observância dos princípios do Código de Ética Médica.
Para o profissional, adotar uma postura de compliance é proteger sua reputação e evitar riscos jurídicos. Já para o paciente, significa mais segurança e confiança no atendimento.
Hospitais e clínicas que investem em programas de conformidade fortalecem a cultura organizacional e previnem irregularidades que podem gerar prejuízos financeiros e danos à imagem.
Em um ambiente cada vez mais fiscalizado e digitalizado, entender e aplicar o compliance deixou de ser um diferencial — tornou-se uma necessidade. O médico do futuro é aquele que une competência técnica, empatia e compromisso ético em todas as suas decisões.
Dr. Mário Casemiro Junior – Diretor de Defesa Profissional APM


