“Trabalhei, mas não recebi”: por que apoio o ProjetoAnticalote para médicos

Sou médico e, como muitos colegas, já passei pela situação de cumprir uma escala inteira de plantões e, no fim, não receber. Em vários casos, a empresa terceirizada simplesmente desaparece ou atrasa o pagamento por meses. Isso acontece com frequência em hospitais públicos que contratam empresas sem exigir garantias mínimas.

O Projeto de Lei conhecido como Anticalote surge como uma resposta a esse problema. A proposta exige que empresas contratadas para prestar serviços médicos comprovem capacidade financeira antes de firmar contratos. Também prevê a responsabilização solidária dos contratantes, ou seja, se a empresa terceirizada não pagar, o hospital ou operadora de saúde deverá responder.

É uma medida necessária. Médicos têm enfrentado insegurança jurídica, falta de vínculos formais e desrespeito básico: trabalhar sem garantia de pagamento.

Não se trata de um privilégio, mas de justiça. Assim como qualquer profissional, queremos apenas receber pelo trabalho prestado. Apoiar o Projeto Anticalote é apoiar condições mínimas de dignidade na saúde.

Dr. Mario Casemiro Junior – Diretor de Defesa Profissional APM

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