A saúde é um direito fundamental do ser humano e um dever do Estado, conforme estabelecido na Constituição Federal do Brasil. No entanto, a realidade mostra que o sistema público de saúde nem sempre consegue atender à demanda da população, levando muitos a optar por planos de saúde privados. Nesse contexto, surge a questão: os planos de saúde com participação são o caminho a seguir?
Os planos de saúde com participação, também conhecidos como coparticipação, são aqueles em que o usuário paga uma mensalidade mais baixa, mas deve contribuir com uma parte dos custos cada vez que utiliza um serviço médico. Essa contribuição pode ser um valor fixo ou uma porcentagem do custo total do serviço.
A principal vantagem dos planos de saúde com participação é o valor da mensalidade, que costuma ser mais baixo em comparação aos planos tradicionais. Isso pode tornar o acesso à saúde privada mais acessível para muitas pessoas.
Além disso, esse modelo pode incentivar o uso consciente dos serviços de saúde, já que o usuário tende a pensar duas vezes antes de utilizar um serviço pelo qual terá que pagar uma parte do custo.
Por outro lado, os planos de saúde com participação podem levar a gastos inesperados. Se o usuário precisar de um tratamento caro ou de longo prazo, a coparticipação pode acabar saindo muito mais cara do que a mensalidade de um plano tradicional. Além disso, existe o risco de que pessoas com doenças crônicas ou que precisam de cuidados médicos frequentes sejam prejudicadas, já que terão que arcar com uma grande parte dos custos de seu tratamento.
Os planos de saúde com participação podem ser uma opção viável para algumas pessoas, especialmente aquelas que não utilizam frequentemente os serviços de saúde e que buscam uma opção mais em conta. No entanto, é importante que cada pessoa avalie cuidadosamente suas necessidades de saúde e sua capacidade de arcar com os custos antes de optar por esse tipo de plano.
Lembre-se, a saúde é um investimento, e escolher o plano de saúde certo é uma decisão importante que deve ser tomada com cuidado e consideração.
Dr. Mario Casemiro Junior – Diretor de Defesa Profissional APM
