A síndrome mão-pé-boca é uma doença infecciosa, mais comum em bebês e crianças até os 5 anos de idade, de fácil transmissão, causada por um vírus (Coxsackie, da família dos enterovírus), que provoca estomatites (feridas na boca) e pequenas bolhas nas mãos e nos pés.
A transmissão acontece pelo contato com pessoas ou com secreções contaminadas e também por alimentos e objetos contaminados. O diagnóstico é clínico, sem necessidade de realização de exames, podendo aparecer:
- Manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe, com dor para engolir e falta de apetite;
- Bolhas dolorosas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés
(em outras partes do corpo são menos comuns); - Febre alta (até 39°C), mal-estar, vômitos e/ou diarreia.
A doença é benigna, viral (sem tratamento específico), e desaparece espontaneamente com o passar dos dias.
Os perigos são a desidratação e a hipoglicemia, pela dificuldade de ingerir líquidos e alimentos. Também pode ocorrer infecção secundária das bolhas, com o aparecimento de pus. Em casos muito raros, o vírus pode causar inflamação no coração (miocardite) e no cérebro (encefalite).
E o tratamento?
Como em toda doença viral, o tratamento tem a finalidade de amenizar os sintomas. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido (bebidas geladas: sucos naturais, chás e água, sempre em pequenos goles) e se alimente dentro do possível (alimentos pastosos como purês, mingaus, gelatina e sorvete). Além disso, é preciso manter bons hábitos de higiene, pois essa é uma doença altamente contagiosa.
Lembre-se de não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos; de lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções; e de afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente de 5 a 7 dias após início dos mesmos).
Dr. Márcio Guedes – Pediatra CRM 100.480 | RQE 49.046