As medidas econômicas a serem adotadas pelo novo governo serão de grande importância para o país e para o setor de saúde. Algumas medidas estão sendo prometidas para controlar os gastos do governo e o Ministro Haddad acredita que um novo arcabouço fiscal poderá controlar os gastos públicos sem provocar aumento na inflação e desestabilização da economia.
Não temos como saber se tais medidas serão capazes de evitar uma escalada da inflação, a qual acarretaria grande prejuízo ao setor de saúde e aos trabalhadores do setor público e privado.
Num passado não muito distante, a inflação trouxe enormes dificuldades para o setor saúde. A dificuldade em discutir preços e reajustes levou a uma defasagem na reposição dos valores de honorários no setor de saúde suplementar, assim como, na remuneração dos profissionais médicos pelos planos de saúde.
Se a discussão de salários e honorários já é difícil com níveis de inflação baixos, quando se tem uma explosão inflacionária a situação fica desastrosa. Por isso é muito importante que todos aqueles que vivem de seu trabalho se conscientizem da importância de manter a inflação sob controle.
As altas taxas de juros determinadas pelo Banco Central representam um remédio amargo, mas que tem sido eficiente ao longo dos últimos anos para manter a estabilidade econômica do país. Em uma situação ideal não se deveria ter juros tão elevados, mas é importante que se saiba que se houver um descontrole inflacionário os prejuízos serão de grande monta e trarão enormes prejuízos às classes de baixa renda.
Esperamos que o atual governo tenha a lucidez necessária e tome as medidas necessárias para se alcançar a estabilidade econômica que o país precisa para crescer, gerar empregos e possibilitar o investimento em áreas importantes como a saúde pública.
Franscisco Ruiz – Presidente da APM Indaiatuba