O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe médicos de administrarem anestesia geral ou sedação em procedimentos não cirúrgicos, como a realização de tatuagens e colocação de piercings. A decisão considera que esses tipos de anestesia apresentam riscos elevados e só devem ser utilizados em ambientes hospitalares ou cirúrgicos, com indicação clínica justificada. Segundo o CFM, anestesiar uma pessoa para fazer uma tatuagem não se enquadra em nenhuma necessidade médica.
A prática, embora buscada por alguns pacientes para evitar a dor, representa risco à vida, especialmente quando feita fora de ambientes controlados.
A anestesia geral, por exemplo, pode causar complicações graves, como depressão respiratória e reações adversas, exigindo suporte avançado que estúdios de tatuagem não oferecem.
O uso de anestésicos locais continua permitido, desde que respeitados os limites de segurança. A decisão reforça a responsabilidade ética dos médicos e a proteção da população.
Profissionais que descumprirem a norma podem ser responsabilizados disciplinarmente.
O CFM alerta: minimizar a dor não pode custar a segurança.
A tatuagem, ainda que seja uma escolha pessoal, deve ser feita com consciência, responsabilidade e sem riscos desnecessários.
Dr. Mário Casemiro Junior – Diretor de Defesa Profissional da APM Indaiatuba


