O momento requer muita calma e reflexão, porém quem deixou para se decidir em período de campanha corre o risco de empenhar mal o seu voto, pois embora se tenha tentado criar obstáculos às Fake News, não há como detê-las efetivamente. Na verdade, elas sempre existiram e somente se popularizaram com o advento das mídias sociais, ganhando assim amplitude e intensidade, transformando o momento político em um vale tudo sem precedente. No Brasil atual, está se travando uma guerra cruzada onde interesses se conjugam ou se chocam num embate quase que de (sobre)vida ou de morte, onde anjos e demônios, uns corolários dos outros, se alternam a depender da perspectiva da qual se observa o cenário e jogam com os valores mais sagrados que uma nação tem obrigação de defender: o zelo com a coisa pública e a liberdade. Há grandes homens e mulheres, pessoas de vocação, talento, sensibilidade e vontade de contribuir na construção de uma sociedade justa e próspera.
Talvez o critério de escolha não se resuma em uma questão de direita ou de esquerda. A boa intenção existe em ambas as ideologias, e é sempre bem-vinda. A má também existe. Precisamos aguçar nossos sentidos para poder separar o joio do trigo. Por isso, é muito importante que cada um de nós desenvolva e tenha uma consciência política, um senso crítico sobre o modo como olha para a classe política e suas propostas, para simplesmente não se tornar um depósito de promessas populistas e não realistas, além de massa de manobra.
O que deve importar para nós médicos, é votar com a consciência, à luz não só da nossa realidade atual, mas também do passado recente, refletir sobre que caminho escolher para o futuro da medicina no país, pensando nas implicações em nossa vida profissional, na
educação de nossos filhos e para a população.
Dr. Gabriel C. Alvarenga – Diretor de Defesa Profissional APM
